quinta-feira, 27 de agosto de 2009

... Único ser que afasta toda minha tristeza! ...


"O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio, é espelho. O gato é zen. O gato é Tao.

Ele conhece o segredo da não-ação que não é inação. Nada pede a quem não o quer.

Exige respeito pela sua individualidade, mas também sabe respeitar a dos que o cercam.

Exigente com quem ama, mas só depois de muito certificar-se. Não pede amor, mas se lhe dá, então ele exige.

Sim, o gato não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente, discreto manifesta um afeto muito verdadeiro, porém sem derramar-se..

O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano, mas se comporta como um lorde inglês.

Se o homem não sabe ver o gato, o gato sabe ver o homem. Vê mais, vê dentro, vê além. O gato é uma lição diária de harmonia, equilíbrio e fidelidade.

Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério.

Suas manifestações são íntimas e profundas, vive do verdadeiro e não se ilude com aparências.

Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência.

Em toda a natureza, ninguém aprendeu a bastar-se como um gato!"

(Adaptado de um texto de Artur da Távola)




"Lá está ele, sonhando, ronronando e, ocasionalmente, mudando as patas de posição em um êxtase de prazer acolchoado. Parece a encarnação de todas as coisas macias, sedosas e aveludadas, uma composição sem arestas, um sonhador cuja filosofia é dormir e deixar dormir."

(Saki - Hector Hugh Munro)



“O gato é uma maquininha que a natureza inventou; tem pêlo, bigode, unhas e dentro tem um motor.

Mas um motor diferente desses que tem nos bonecos porque o motor do gato não é um motor elétrico.

É um motor afetivo que bate em seu coração por isso faz ronron para mostrar gratidão.

No passado se dizia que esse ronron tão doce era causa de alergia pra quem sofria de tosse.

Tudo bobagem, despeito, calúnias contra o bichinho: esse ronron em seu peito não é doença - é carinho.”

(Ferreira Gullar)

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